Atualmente, quando nos deparamos com a palavra inovação é normal que a gente pense em algo relacionado diretamente a assuntos tecnológicos.
Pode ser o smartphone mais moderno com a tela que dobra, os carros autônomos, televisores com estruturas que permitem a você assistir ao que quiser estando na frente ou atrás do aparelho. E, claro, a implementação e uso de inteligência artificial em nossos fluxos diários.
Entretanto, inovar é muito mais do que simplesmente adotar novas ferramentas ou tecnologias de ponta. Inovação também é, entre suas definições, a capacidade de responder a desafios e necessidades de formas que ainda não foram pensadas. Logo, essa essência de inovação pode estar presente em soluções com ou sem intermédio de tendências tecnológicas.
Um exemplo prático de inovação sem tecnologia pôde ser notado durante o desfile de Carnaval, quando a escola de samba Mangueira entrou na Sapucaí trazendo duas baterias. A decisão, motivada por um problema financeiro que impediu maiores destaques em outros aspectos do desfile, pode não parecer algo impressionante, mas foi uma mudança que gerou interesse dentro do nicho e repercussões que até influenciaram outras escolas de samba. Inclusive na categoria bateria a Mangueira recebeu a nota máxima de 10 quando trouxe essa inovação.
Do outro lado da moeda, temos o sistema Pague e Retire, implementado em supermercados, farmácias e até livrarias. Por meio dele, as pessoas fazem suas compras on-line e só precisam retirar o pedido, evitando filas e ganhando tempo. Essa solução, embora tecnologicamente simples, alterou a experiência de compra de muitas pessoas, tornando-a mais prática e rápida.
Os diferentes tipos de inovação
Para ajudar você a se contextualizar melhor sobre as diferentes formas de inovar, trouxemos quatro definições a respeito de inovação. Mas, de modo geral, podemos começar dizendo que quando se trata de inovar, não é preciso, obrigatoriamente, reinventar algo de maneira drástica. Tudo depende dos desafios a serem enfrentados, além de contextos individuais.
Inovação radical
Esse é o tipo de inovação marcado por uma mudança drástica. Ela cria produtos, serviços ou processos totalmente novos, tendo também o poder de transformar mercados inteiros ou até mesmo de abrir portas para novas formas de uso e de consumo. O clássico exemplo é o do celular com câmera. Há algumas décadas, seria impensável carregar uma câmera no bolso. Mas hoje, ela é indispensável para milhões de pessoas.
Inovação disruptiva
A inovação disruptiva é aquela que altera profundamente a maneira como mercados e indústrias funcionam, oferecendo soluções mais acessíveis, práticas ou econômicas que acabam substituindo tecnologias ou métodos tradicionais. Aqui, basta pensarmos no impacto do Uber. Esse serviço revolucionou o transporte, trazendo uma alternativa conveniente ao táxi convencional. Dessa forma, empresas que inovam de forma disruptiva muitas vezes desafiam e superam os modelos já estabelecidos, criando uma nova ordem de demandas.
Inovação incremental
Essa é uma inovação que ocorre por meio de pequenas melhorias em produtos, serviços ou processos já existentes. Ela não gera uma grande transformação no mercado, mas é crucial para aprimorar continuamente o que já funciona bem. Podemos citar como inovação incremental a evolução constante de softwares e aplicativos, que recebem atualizações regulares para melhorar a experiência das pessoas usuárias, como novos recursos em um aplicativo de redes sociais ou melhorias de segurança em sistemas de pagamento on-line. São pequenos ajustes que, ao longo do tempo, fazem grande diferença.
Inovação aberta
A inovação aberta é baseada em colaboração entre organizações e pessoas externas, de modo a acelerar a criação e a adoção de novas ideias. Isso significa que empresas podem se beneficiar da experiência e das ideias de quem está fora do seu quadro de pessoas colaboradoras. O projeto de código aberto Linux, por exemplo, permite que pessoas do mundo todo colaborem para aprimorar o sistema operacional, tornando-o acessível e útil.
Atitudes do cotidiano também são inovadoras
Tendo tudo isso em mente, é possível notar que, de fato, inovar não é apenas abraçar o que é novo e o que todas as pessoas querem. Inovar também é criar algo único para si, é se adaptar, é se transformar.
Inovar significa prestar atenção ao seu redor, identificar problemas e pensar em soluções simples e criativas que podem mudar o jeito como as coisas são feitas. Pode ser uma pessoa que encontra uma forma mais rápida e organizada de realizar uma tarefa no dia a dia. Pode ser uma liderança que estimula sua equipe a compartilhar ideias, criando um ambiente mais colaborativo e aberto.
Muitas vezes, para ser uma pessoa ou uma empresa inovadora, o maior desafio pode ser o ato de parar, respirar e pensar de maneira crítica e analítica. Para identificar novas formas eficazes de resolver problemas antigos, em alguns momentos basta conhecer sua própria realidade.
Ou seja, a inovação pode acontecer na maneira como o tempo é organizado para a execução de tarefas, no modo como a comunicação interna é realizada ou mesmo na busca por soluções para questões que parecem pequenas, mas fazem diferença no dia a dia.
Ao retirar o aspecto de grandes tecnologias, por mais que sejam relevantes, o ideal é pensar na inovação como sendo um processo contínuo e colaborativo. Abrace novas ideias, incentive discussões e crie uma cultura aberta para o aprendizado. Afinal, inovar é ter coragem de pensar diferente e buscar, de forma constante, maneiras de tornar o mundo ao nosso redor um lugar melhor.
E aí, você já conhecia essas definições? Como é que você aplica inovação na sua vida pessoal e profissional? Conte para a gente nos comentários.
Para conhecer alguns exemplos de aplicações inovadoras, seja de forma conceitual ou em cases de sucesso, acompanhe também o Conecta GP, o podcast em que conversamos com especialistas de diversas áreas, indo desde educação corporativa ao uso humanizado de IA em projetos.